sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Lágrimas, lago e barco.

Estava deitada em meu barco, derramando lágrimas por uma perda que nunca superei. Leonard morrera há um ano, vítima de um câncer maligno no pulmão. Entre o diagnóstico e sua morte, só teve três  míseros anos de vida.

A única coisa que me restara dele foi aquela casa no lago. Ah, como tudo naquele lugar exalava seu cheiro e parecia sussurros de sua voz! Lá que começou nosso romance, foi a nossa primeira noite de amor, foi o nosso noivado e lá que iríamos casar. Ah, doce Leonard! Como você faz falta.
Ao sentir-lo, não contive as lágrimas. A mão em meu rosto tentava escondê-las, de modo que ele não notasse. Se ele estivesse lá, falaria para seguir a minha vida. Mas como posso seguir em frente, se tudo o que importava em minha vida não está mais junto comigo? Pode parecer dramático, até quando você perde alguém que ama. E aí entenderá minha dor.

Peguei suas cinzas que restaram do meu doce Leonard. E depois de um ano, as joguei no lago. Enfim, ele finalmente estava descansando em paz. E, novamente, eu pude senti-lo. Desta vez, ele estava sorrindo.




Um comentário:

  1. Uma palavra: maravilhoso.

    Que doce leitura! Ah, obrigada pelo comentário no meu blog, adoro receber as respostas dos textos! E obrigada pela sua visita lá.

    Ah, e me perdoe esse sumiço, haha

    Beijo!

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